sábado, 8 de setembro de 2007

Em defesa do trema!

Talvez eu nem demore a me acostumar com a ausência do acento circunflexo no duplo “o” de certas palavras paroxítonas; tenho até “enjôo” (com acento ainda!) em pensar nas novas regras. Creio que eles crêem (os que ditam as regras) que não tem importância um acento circunflexo em tais palavras. Assim como também não vêem (também com acento, por enquanto!) sentido acento na terceira do plural de alguns verbos no presente do indicativo ou do subjuntivo. A saber: crêem, dêem, lêem, vêem. Creio que tal acento já não era usado por muitos. Dão agora uma chance para o novo. Pena que muitos vão continuar sem ler as regras gramaticais e talvez um dia perguntem: Mudou? Veja, não sabia! (como sempre). Mas nem tudo está perdido, vangloriemos a “morte” do hífen. Como um símbolo simples assim pode ter tantas normas? Vinte e três se não me engano... nem metade tínhamos de cor. Por isso digo: Hífen! Vai tarde!
No entanto, não posso deixar de consternar quanto ao símbolo pequeno e indefeso, o trema!
O trema é como um aluno certa vez me disse: “é tudo de bom”. Certo é que muitos falantes não o usa. Pobre coitado porque não é usado, será excluído!!!
Não posso fingir de nada, tenho que fazer algo em defesa deste, mesmo que seja escrever estas pequenas palavras. Esse sinal gráfico ajuda e muito no ensino da língua, ele marca quando o “u” é sonoro átono, ou seja, quando ele é pronunciado. Agora terei que falar para meus alunos, principalmente, os que são estrangeiros para terem sempre às mãos uma bola de cristal, assim saberão quando pronunciar o “u” e quando não.
Por favor, salvem a professorinha! Salvem o trema!
Nem vou comentar as demais mundanças.... por hoje, chega!