sábado, 1 de setembro de 2012

Ontem foi agosto

A vida não tem nem é receita. Não podemos dizer "ponha sal a gosto". As vezes ela está sem sal mesmo, toda sem gracinha; outras, parece que caiu o saleiro inteiro nela.

Agosto, a agoto das canções, sempre tão indiscretas, reveladoras, despropositais, tão cheias de sentido, tão tocadas e lembradas na hora errada (ou certa?).

Repertórios a gosto em agosto:

"É incrível, nada desvia o destino, hoje tudo faz sentido e há ainda tanto a aprender. E a vida tão generosa comigo veio de amigo a amigo me apresentar a você" ("Monalisa", Jorge Vercillo).

"E era um cão vagabundo e uma onça pintada (...). Foi mistério e segredo e  muito mais, foi divino brinquedo e muito mais, se amar como dois animais..."("Como dois animais", Alceu Valença).

"O que eu quero é que ela quebre a minha rotina, que fique comigo e deseje me amar..." ("Blá, blá, blá", Lobão).


Canções racionais:
"É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte (...). Há um desencontro, veja por este ponto" ("Boa sorte", Vanessa da Matta e Ben Harper)

"Eu não quero guerra, jogo, azar e mágoa, mas a gente é terra fogo, ar e água" ("Perdoa", Pedro Mariano).

No entanto, nem tudo (ou quase nada) é razão:
"Eu mudaria até o meu nome, eu viveria e greve de fome, desejaria todo dia: O MESMO HOMEM!" ("Por você", Barão Vermelho)

"Mas o pior não é não conseguir, é desistir de tentar (...). E se o tempo levar você e um dia eu te olhar e não te reconhecer; e se o romance se destruir, perder sentido e eu me esquecer por aí. Mas nós somos um quandro de Klimt: 'O beijo' para sempre fagulhado em cores. Resistindo a tudo, seremos dois velhos felizes de mãos dadas numa tarde de sol pra sempre" ("Te amo", Vanessa da Matta)

"As palavras saem quase sem querer, rezam por nós dois. Tome conta do que vai dizer. Elas estão dentro dos meus olhos, da minha oca, dos meus ombros. Se quiser ouvir é fácil perceber. Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal. Reabilite o meu coração" ("Palavras", Vanessa da Matta).

"Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada. Assim como as canções, como as paixões e as palavras (...), pois tudo o que eu ofereço é meu calor, meu endereço, a vida do teu filho desde o fim até o começo..." ("Amor, meu grande amor", Barão vermelho).

Enfim:

"Coração sabe em que direção que seguir na longa estrada, nada, nada, brilha como os olhos de quem ama e chama, inflama o dia, importa a poesia, falta a canção" ("Último post", Zeca Baleiro).

Desligo o rádio.

3 comentários:

Wilker dos Santos disse...

Nuss... muito bom gosto para o que foi de agosto! rs. Adoro Jorge Vercilo, alguns trechos acima nunca ouvi (pelo menos, do que lembro). rsr
Sim, ontem foi agosto. Mas podemos viver à gosto, o que não passa, se torna imatererial.
Bjos

J. Figueiredo disse...

Oi Wilkes, são belas canções mesmo, vale a pena ouvi-las. bJu.

Wilker disse...

Com tantos "toques"... logo, logo, professora, não irá faltar-lhe mais nada! (conforme havia falado num outro comentário). Ficarás perfeita! Rsrs (brincadeira. Perfeito somente Deus) Bjus, e se cuida!